Daqui a uns dias todos os caminhos vão dar a Versalhes, ou de como espero que o GPS biológico não se baralhe.
De 28 de Junho a 8 de Julho e de 17 a 29 de Julho, no Teatro do Bairro Alto.
De 3ª a Sábado às 21.00h e Domingo às 16.00h.
Nos dias 5, 6, 7 e 8 de Julho integrado na programação do Festival de Almada.
O SONHO DA RAZÃO
Uma colagem de Luis Miguel Cintra de textos de Diderot, Voltaire, Marquês de Sade e Voisenon
Tradução Luís Lima Barreto, Luiza Neto Jorge e Manuel João Gomes
Adaptação e Encenação Luis Miguel Cintra
Cenário e Figurinos Cristina Reis
Desenho de Luz Daniel Worm d'Assunpção
Interpretação Dinarte Branco, Leonor Salgueiro e Luis Miguel Cintra
Uma rapariga toma conta de um filósofo que parece moribundo. Vem o padre, vem o médico, vampiros tanto do pensamento do velho, como da inocência da moça. A paixão pela Liberdade e pela Razão, o sonho de um pensamento novo e de uma nova humanidade descamba em pesadelo, povoado por galos e galinhas. O célebre diálogo do Marquês de Sade entre o padre e o moribundo e o cinismo de uma mundana marechala vêm pôr fim ao pequeno dies irae. É um jogo cénico para três actores, criando novo texto a partir de trechos dos diálogos filosóficos dos iluministas franceses. São questões tão graves como a Civilização face à Barbárie, a hipocrisia Social, o Casamento, a Igreja Católica, os privilégios de classe, o valor subversivo da libertinagem, a conquista da Liberdade, etc. que são abordados em tom de brincadeira. Esconde-se atrás destes textos a vontade de uma mudança social pré-revolucionária. A revolução de 1789 virá trazê-los para a vida pública. O espectáculo inventa os corpos frágeis das vidas humanas por onde a História sempre passa. E os ultrapassa. Passados uns anos, a vida humana já se pode tornar em teatro de boulevard. E rouba o título à famosa gravura de Goya: o sonho da razão engendra monstros.
Hace ya —junio 18— dos años que murió. Lo extraño de verdad; “como si lo hubiera conocido”, diría cualquiera. Yo digo que a los artistas los conoces por su trabajo, y no hace falta pararte frente a ellos y que te sean presentados. No es raro que cuando se llega a tener esa experiencia piense uno que ha conocido a alguien diferente del que se había hecho en la conciencia por su arte. Más que ningún otro escritor, a mí me gusta mi versión de Saramago, la que se hace extrañar. Hay aspectos de su manera de vivir que sencillamente cautivan, asombran, conmueven a partir de esa sequedad que parecía ser una parte importante de su identidad. (A continuação aqui)
" Speaking the Truth in times of universal deceit is a revolutionary act. "
George Orwell